A nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apontou aspectos da escola que sempre existiram, mas não eram explicitados nos currículos brasileiros. Formar alunos que sejam assertivos, que se autoconheçam, que sejam responsáveis, que possam respeitar o outro e se sentir respeitado são competências tão importantes quanto o domínio lógico-matemático ou a leitura e a escrita. Alguém discorda? A questão é: como equacionar tudo isso? Como é que professores darão conta dessas competências se muitas vezes não têm ideia do que seja, de fato, trabalhar com as questões afetivas?
Infelizmente, a imposição dessas novas competências no currículo brasileiro, ainda que sejam importantes, soa como injusta, já que o professor pouco estudou sobre essas questões em suas graduações e poucas possibilidades têm de continuidade desses estudos na sua atuação. Em países desenvolvidos, isso já é feito há bastante tempo.
Em 2011, eu e outros integrantes do Grupo de Estudos de Educação Moral (GEPEM) da Unicamp/Unesp conduzimos uma pesquisa sobre como a aplicação desses aspectos afetivos (os chamados hoje “socioemocionais”) era compreendida por professores em suas ações cotidianas. Alguns professores de Educação Infantil do interior de São Paulo foram convidados a participar e de forma espontânea se comprometeram a responder a um questionário. Foi uma pesquisa amostral pequena, mas que serviu para nos dar algumas pistas do que pensam os professores sobre afetividade dentro da escola e como trabalham essas questões.
Naquele momento, pouco ou quase nada se falava sobre as “competências socioemocionais”, mas se sabia, pelas próprias teorias do desenvolvimento muito mais antigas, que o tema da afetividade deveria ser considerado na formação de nossas crianças. Sob o ponto de vista da Psicologia Genética Piagetiana, sabíamos da necessidade do desenvolvimento afetivo ser equacionado como Jean Piaget o pensou: na convivência, consigo mesmo, com o par e com a autoridade (Piaget, 1952). Para ele, de forma geral, há uma evolução no sentido humano dessas relações que culminam num ponto mais complexo:
A concepção de afetividade para Piaget é uma concepção de relações que culminam na moral. A partir dessa ideia de afetividade, nós criamos três grupos de perguntas para verificar se os professores conseguiam entender como trabalhar questões da afetividade relacionadas à relação entre o “eu” e o outro “autoridade”; o “eu” e o outro “par” e o “eu consigo mesmo”.
O primeiro grupo de perguntas era relacionado à afetividade nas relações com a autoridade. Para cada pergunta nós tínhamos uma escala likert, que vai de 0 a 4 pontos, com as opções muito importante para o seu trabalho, importante,pouco importante ou nada importante.
Perguntamos para o professor, por exemplo: o quão importante eles achavam que era “mostrar indignação frente a uma situação de injustiça cometida entre os alunos”. Obtivemos as seguintes respostas: 25% disseram considerar muito importante, 40% importante, 20% pouco importante e 15% nada importante. Aparentemente, muitos professores compreendem o tema da afetividade como ser carinhoso com os alunos como se não fosse adequado corrigi-los ou mesmo demonstrar sentimento de desagrado frente a um problema.
Nesta pesquisa, a maioria dos professores considerou “premiar um bom comportamento de um aluno” mais importante do que demonstrar indignação por alguma situação de injustiça. Isto é, o percentual de muito importante para essa questão foi maior do que na anterior (20% muito importante, 60% importante, 10% pouco importante e 10% nada importante).
Já prêmios e castigos ainda são entendidos como boas ações para se obter um bom comportamento. Contudo, interessantemente, a maioria dos educadores julgou ser pouco importante “excluir os alunos da atividade por um tempo, até que eles se comprometam a respeitar as regras” (30% disseram que isso é nada importante, 40% pouco importante, 20% importante e 10% muito importante). Isso talvez aponte que precisamos discutir mais as possibilidades de sancionar um comportamento dos alunos pela reparação e pela necessidade de que eles tomem consciência do problema causado. Os limites de tempo para se voltar a uma atividade quando se exclui temporariamente são regulados pelos próprios alunos para que assumam e se comprometam com o que deixaram de fazer.
E sobre as relações entre os pares? O que pensam esses professores? Quando perguntamos sobre a importância de “incentivar as crianças para falarem publicamente como se sentem em determinado dia”, tivemos 35% das respostas para muito importante, 55% importante 3% como pouco importante e 7% nada importante).
Parece que alguns professores sabem da necessidade de que haja espaços para que as crianças falem o que sentem, mas não quais são os melhores para isso. É preciso lembrarmos que não se expõem os sentimentos infantis a todos. Falar de si não deve ser uma obrigatoriedade em roda e para todo mundo. Fazendo isso, invadimos a “fronteira natural da intimidade” que a criança está ainda construindo.
Há um texto interessante de um autor chamado David Elkind no livro “Crianças e adolescentes: Ensaios interpretativos de Jean Piaget”, em que ele destaca alguns equívocos da escola: acreditamos que criança pensa como adulto, colocando-a sentada enfileirada por 4 horas, com um intervalo de 20 minutos e achamos que ela ficará atenta nesse tempo todo estabelecendo relações mentais apenas, sem falar, sem andar, sem se comunicar. Da mesma forma, outro grande equívoco é acreditar que elas não sentem como um adulto: então, submetemos as crianças a falarem sobre o que sentem a outras publicamente – o que obviamente não faríamos com um adulto.
Em outra questão: “Comentar em sala a atitude errada de algum aluno, para colocar como exemplo”, tivemos 0% para muito importante, 22% para importante, 38% para pouco importante e 40% para nada importante. Notemos que 22% dos educadores parecem acreditar que a moral possa ser formada pelo exemplo e não por um processo de autorregulação. Somado a isso, há ainda a mesma perspectiva anterior que não devemos expor a criança.
Finalmente, as questões sobre a última das relações: consigo mesma. Perguntamos aos professores sobre “incentivar e oferecer oportunidades de a criança ficar só, consigo mesma” e quase 50% disseram considerar a questão “pouco ou nada importante”. Por certo, há um cuidado em jogo quando essas crianças são pequenas. No entanto, o fato de que metade se refira a “não” oferecer oportunidades de ficar só valida a concepção de que, muitas vezes, não entendemos que as crianças também precisam de espaços para “quererem” estar consigo mesmas e que essa é uma oportunidade valiosa de construir o autoconhecimento.
Essa pequena amostra do que pensam os professores em 2011 desperta em nós um alerta: sabemos pouco sobre o que fazer no cotidiano para se trabalhar com um tema tão importante, como é a convivência. Precisamos com urgência de mais estudos sobre essas questões.
Luciene Tognettaé professora do Departamento de Psicologia da Educação da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara. Fez doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutorado pela Universidade do Minho de Portugal.
Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido. (Sir Arthur Lewis)
No último dia 09 de fevereiro de 2017, aconteceu a primeira Reunião de Plenária do Conselho Municipal de Educação - CME de Primavera do Leste, a qual contou com grande número de representatividade dos Conselheiros Titulares e Suplentes e a presença da atual Secretária de Educação e Esportes Alexssandra Ziliotto. Foi feito uma avaliação da participação, envolvimento, comprometimento, da autonomia e credibilidade do CME conquistada pelos atuais Conselheiros (2015-2019). A Reunião teve como objetivo definir as ações a serem desenvolvidas pelo CME no ano de 2017.
A Educação Infantil de Primavera do Leste recebe um importante
documento balizador para todas as ações e práticas pedagógicas da rede
municipal com o lançamento no dia 19 de outubro da Política de Educação
Infantil para o município. O evento ocorreu no auditório do Instituto
Federal de Mato Grosso com a apresentação do livro, resultado do
trabalho realizado pelo grupo de estudo e representantes de instituições
da sociedade organizada.
Coordenada pela Secretaria, por meio da equipe pedagógica da Educação
Infantil, a elaboração da Política de Educação Infantil de Primavera do
Leste envolveu a equipe de formação de professores, gestores e grupo de leia mais...
No dia 14 de Julho de 2016, o Conselho Municipal de Educação realizou visita in loco nas Unidades Conveniadas ECEI Talita e APAE com o intuito de aproximar as relações entre as representatividades e acompanhar as exigências para seu funcionamento. A percepção das dificuldades encontradas por cada Unidade conveniada, seja nas exigências quanto as instalações, adaptações à acessibilidade e desafios financeiros que impedem um melhor atendimento e ampliação na grade de funcionários foram questões abordadas pelas representantes e dialogadas com os membros do Conselho presente.
Diante de atendimento cordial e transparente, as representantes Neilha Barbosa Campos, da ECEI Talita e Eliane Rodrigues da Silva, da APAE, abriram as dependências e pontuaram sobre os trabalhos desenvolvidos.
A visita não agendada e de caráter colaborativo atende a nova perspectiva do Conselho Municipal de Educação de Primavera do Leste, que passa a deixar esporadicamente a sala de Reuniões do Conselho para estreitar o convívio com as Unidades Executoras da Administração Direta e Indireta visando auxiliar na condução e manutenção de seu bom funcionamento.
Desta forma, o Conselho agradece as Unidades já visitadas e se organiza internamente para ampliar suas ações pontuais nas Unidades Escolares do Município.
Assinam as visitas às Conveniadas, os membros , AntônioWeiznmann, Ronaldo Alves Leite, DeolidesAgostini, João dos Santos Marques e o Presidente do CME, Profº Adércio Vilmar Reder.
Autoridades no momento do descerramento da placa de inauguração do campus de Primavera do Leste
Inaugurada na última quinta-feira, 12, o novo Campus do Instituto
Federal de Educação Ciência e Tecnologia – IFMT, é um marco histórico
para a população de Primavera do Leste. Desde sua criação em 2013, o
Executivo municipal vem trabalhando juntamente com sua diretoria e sua
reitoria visando a ampliação das estruturas, do número de vagas e da
implantação de curso superior sem custo para estudantes do município e
da região.
A nova sede do Campus Primavera do Leste tem uma estrutura de 4.347,57
m² de área construída, composto por saguão principal, auditório para
mais de 400 pessoas, área de convivência, biblioteca, pavilhão
administrativo e pavilhão de salas de aula. O valor do investimento da
obra foi de R$ 10 milhões, do governo federal, que faz parte do Programa
de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional Científica e
Tecnológica.
Atualmente o IFMT atende 630 alunos e oferta oito cursos, sendo dois de nível superior (Bacharelado em Engenharia de leia mais...
A cerimônia de entrega das obras aconteceu na quadra da escola
Após 12 anos sem reformas em sua estrutura, o Executivo Municipal
entregou no início da noite desta terça-feira, 10, as obras da reforma
da Escola de Ensino Fundamental 13 de Maio, que recebeu mais de 500 mil
reais em investimentos para as obras realizadas na quadra de esportes,
pintura, aquisição de mobiliários e equipamentos.
Alem de toda reforma estrutural, também foram investidos em
equipamentos, mobiliário, e a escola agora conta com aparelhos de ar
condicionado em todas as salas de aula. “Nós estamos desde 2013,
reformando escolas, a 13 de Maio ficou 12 anos sem obras, além de
investirmos na estrutura, trocamos todo telhado, colocamos ar
condicionado em todas as salas, quadra com arquibancadas, todos os
quadros foram trocados por quadros e vidro, tudo para a valorização dos
profissionais e o bem estar dos alunos” destacou a Secretária de
Educação e Esporte, Adriana Tomasoni.
Um dos diferenciais da escola está leia mais...
A inauguração contou com a presença de vereadores, secretários e autoridades municipais.
O prefeito Érico Piana, acompanhado da secretária de Educação e
Esportes, Adriana Tomasoni, inaugurou na última sexta-feira( 6), a nova
sede da Escola Municipal de Educação Infantil “Lar Maria de Nazaré” no
bairro Castelândia, construída totalmente com recursos próprios do
município.
A EMEI “Lar Maria de Nazaré” idealizada pelo padre Onesto Costa, foi a
primeira creche de Primavera do Leste e fez parte de muitas obras
construídas para dar apoio à comunidade em suas necessidades logo após a
emancipação. A creche começou a funcionar em 8 de agosto de 1988 em
parceria com a Prefeitura Municipal, recebendo inicialmente um pequeno
grupo de crianças que foi aumentando gradativamente.
Com a nova estrutura, a EMEI “Lar Maria de Nazaré” tem capacidade para
atender 408 crianças de zero a cinco anos em dois turnos em uma área
construída de mais de 1500 metros quadrados. A escola leia mais...
Membros do Comitê do PAR de Primavera do Leste - Foto: Secom/PVA
O prefeito Érico Piana e a secretária de Educação e Esportes, Adriana
Tomasoni deram posse aos membros do Plano de Ações Articuladas – PAR na
manhã de quarta-feira, 2, na sede a secretaria municipal de Educação e
Esportes.
O Comitê do Plano de Ações Articuladas – PAR tem a função de auxiliar
estados e municípios no planejamento da Educação, no ciclo de 2016 à
2019, o PAR contará com a base de dados do PDDE Interativo.
A secretária de Educação Adriana Tomasoni destacou a importância do
acompanhamento na Prestação de Contas e o fundamental papel do
CACS/FUNDEB no Plano de Ações Articuladas; frisando, “O PAR é uma
ferramenta de planejamento contínua que possibilita as Políticas
Educacionais mesmo em período de mudança de gestão, por isso, tem
caráter democrático em sua formação e é específico em seu diagnóstico,
traduzindo assim leia mais...
Na manhã de sexta feira (26), foram entregues mil kits do programa
Lions Quest, doados pelo Rotary Clube de Primavera do Leste. Durante o
evento foram entregues os kits para os diretores das escolas Mauro Weis,
13 de Maio, Nossa Senhora Aparecida, São José e Novo Horizonte, onde o
curso será desenvolvido.
O Lions Quest atende alunos de 10 a 12 anos, matriculados no 6º e 7º
ano do ensino fundamental, e tem como objetivo desenvolver nos
adolescentes habilidades para a vida, metas, busca de oportunidades e
combater o uso de drogas. “O programa Lions Quest ajuda a formar o
caráter e personalidade de nossas adolescentes, os resultados são
positivos e encantadores, realmente percebemos leia mais...
A capacitação ocorreu no laboratório de informática da UAB
A Secretaria municipal de Educação está disponibilizando aos
pais/responsáveis dos estudantes da rede pública de Primavera do Leste o
Boletim e-mail para a consulta sobre as notas e acompanhamento do
desempenho dos alunos ao longo do ano.
A novidade foi anunciada pela secretária da pasta, Adriana Tomasoni,
após um curso de capacitação para os novos secretários escolares e
agentes administrativos das escolas municipais, com a apresentação de
novas ferramentas do Omega Sistemas e as do sistema Escola Campeã.
Na segunda-feira, 22, foi organizado o Laboratório de Informática na UAB para leia mais...
A prefeitura conta com uma frota de 31 ônibus para o transporte de estudantes em Primavera do Leste
A Secretaria de Educação e Esportes confirmou esta semana que
continuará realizando o transporte dos alunos residentes no bairro
Primavera III e região matriculados nas escolas do centro da cidade.
A medida beneficia cerca de 500 alunos dos períodos matutino,
vespertino e noturno, matriculados nas escolas Alda Scopel, Paulo Freire
e Getúlio Dorneles Vargas.
De acordo com a secretária Adriana Tomasoni, a expectativa era do
remanejamento desses alunos para as escolas no próprio bairro, mas
inviabilizado devido a grande demanda. Os alunos estão divididos em
cinco turmas de manhã, cinco à tarde e uma turma no período da noite. leia mais...
Uma das reuniões aconteceu no gabinete do prefeito com a participação de representantes dos bairros
Os prefeitos de Primavera do Leste e Poxoréu se reuniram esta semana
passada para tratar sobre a questão de vagas e transporte de alunos que
estudavam em Primavera, mas que residiam fora do limite geográfico, em
áreas pertencentes ao município de Poxoréu.
Reunidos na sede do Ministério Público Estadual, o prefeito Érico Piana
e a prefeita de Poxoréu, Jane Maria Sanchez Lopes, acompanhados das
secretárias de Educação dos municípios buscaram uma solução para a
situação dos alunos moradores em áreas fora do município, mas
transportados e estudando em escolas em Primavera.
Durante a reunião, algumas definições que ficaram estabelecidas poderão trazer melhorias para a Educação leia mais...
No dia 14 de Julho de 2016, o Conselho Municipal de Educação realizou visita in loco nas Unidades Conveniadas ECEI Talita e APAE com o intuito de aproximar as relações entre as representatividades e acompanhar as exigências para seu funcionamento.
Desta forma, o Conselho agradece as Unidades já visitadas e se organiza internamente para ampliar suas ações pontuais nas Unidades Escolares do Município.
